segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Nós criamos a crise

Nós criamos e criámos a crise. Cada vez mais me convenço disto. Podemos sempre dizer que que os nossos políticos nos conduziram a tal, que fomos enganados por eles, iludidos por falsas promessas feitas por senhores sem escrúpulos. A verdade é que estes mesmos senhores fazem parte da nossa democracia há muitos anos. Há muitos anos que vemos telejornais e jornais e continuam-nos a queixar também cada vez mais. E também a desculpar-nos cada vez mais com estes senhores.
A verdade, é que nós criámos e criamos a crise em que vivemos. Estamos num país, em que infelizmente congratulamos-nos quando enganamos o próximo.

Vivemos o medo diário que nos tirem o nosso lugar e ficamos aliviados quando temos perante nós "miúdos acabados de sair da faculdade" a saberem mais do que nós, mas recusamos-lhes dar um emprego com medo que nos tirem o nosso lugar. Vivemos num egoísmo tão grande que não olhamos a meios para pisar o que nos aparece à frente....é triste mas cada vez mais é o que acontece.

Temos governos que têm políticas de incentivo ao emprego jovem, incitando e apoiando estágios profissionais renumerados em mais de metade do seu valor, podendo (e até devendo, talvez) as empresas promotoras apoiarem um pouco mais o estagiário, mas ao invés, assiste-se a uma triste realidade de não pagamento a horas do ordenado. Nem sequer ajuda para o transporte há (se bem que não há também uma obrigação), obrigando mensalmente o estagiário andar a contar os trocos, na esperança vã de chegar ao final do mês e poder colocar "algum de parte".
Não pretendendo fazer ninguém de vítima, nesta selva ou nos tornamos também predadores ou irremediavelmente somos a caça e temos de aprender a ser tão ou mais "ciganos" de quem nos tenta enganar e chegamos então a um ciclo vicioso. Um ciclo, que só tomamos consciência dele quando nos colocamos de fora (ou vamos até para fora de Portugal) e conseguimos ver o que se passa cá dentro.

É com tristeza, que vemos que assim é mais difícil percorrer o caminho e fica também fácil de perceber que como é que países mais pequenos e também  maiores que nós enriquecem e atingem um nível de democracia que, muito provavelmente vamos demorar a chegar lá. Ficamos todos de boca aberta e demonstramos a nossa admiração quando ouvimos falar dos Estados Unidos da América, Holanda e até Luxemburgo, catalogando-os de países ricos e de alguma forma inacessíveis. Enquanto formos na "cantiga" de pessoas que admitem que aumentam a nossa performance, que nos pagam muito bem e na verdade não pagam, que somos capazes de tudo e na verdade, eles próprios, não passam de abutres a tentar caçar mortos (nós mesmos), não conseguiremos avançar e "passar de nível", como há uns anos atrás ouvi um amigo chamar-lhe, e ir mais além.

As oportunidades claro que estão aí, mas as armadilhas são deveras maiores para pessoas que simplesmente querem singrar e "passar de nível". Nada é impossível e claro não pretendendo de alguma forma apontar o dedo a alguém ou algo, enquanto não formos fortes psicologicamente, não continuarmos a lutar para mudar, Portugal não avançará. É urgente continuar a lutar, é urgente continuar a procurar e ainda mais urgente ignorar todos os que nos querem enganar, aproveitar-se de nós como um número que se converte em dinheiro para eles....é urgente sonhar!

sábado, 4 de janeiro de 2014

Vender

Tal como todas as potentes armas que existem à nossa disposição na vida, na arte das vendas também dispomos de armas para atingir o nosso objetivo. A diferença que existe entre os comerciais de hoje em dia, é se as usamos para proveito próprio ou proveito do próximo.

E quando hoje em dia enfrentamos um comercial, gera-se quase instintivamente um pensamento de que "lá está este artista a tentar enganar-me...", ou "lá vem este artista com a lábia toda". E devido a essas más experiências ao longo do tempo, a imagem dos comerciais ficou por um lado manchada e por outro, pior ainda, catalogada. Mas na realidade não é assim e sobretudo não tem de ser assim. É aqui que difere um comercial normal dos campeões.

Eu já passei pelas duas situações. Quando iniciei a minha atividade comercial, ou pelo menos, tomei mais ou menos noção do que era ser comercial, achava um piadão "dar a volta a alguém" e levar a minha ideia a avante. E fazia-o a toda a hora: em casa, fora de casa, com amigos e pior...no meu trabalho. E até tinha jeito, segundo muitas pessoas me diziam. Felizmente tomei noção da minha situação a tempo. Um comercial não tem e sobretudo não deve dar a volta a ninguém! Um comercial tem sobretudo de escutar com interesse e analisar de que forma pode servir alguém! A atividade comercial não pode passar por perguntarmos-nos como é que eu me posso servir mas como posso servir alguém. Até parece demagógico o que acabei de escrever mas eu acredito e faço isso, cada vez mais!

A velha imagem de que um comercial tem de falar, falar, falar, até se cansar ou até o cliente o parar, não é mais que uma ideia errada que infelizmente ficou cristalizada na mente de muitos nós. Um comercial deve escutar 80% do tempo e falar não mais que 20% do que dispõe. Falando mais que 20% do tempo, já está de fato a meter os pés pelas mãos.

Imaginem que saem à noite com um grupo de amigos. E imaginem que esses amigos encontram outros amigos ao bar que vão e lhe apresentam. Se dentro desse grupo se encontrar uma pessoa que não para de falar e diz "Eu isto...", "Eu aquilo..."...em 10 minutos garanto-lhes que vão pedir uma bebida e desaparecer...Pelo contrário se tiverem na vossa frente uma pessoa que lhes escute atentamente e lhes faça perguntas interessantes, ficam a falar a noite toda.

A conclusão é simples. Vender sim, manipular não! E é pena que muitas empresas hoje em dia, utilizem os seus comerciais para manipular e manipula-os nesse sentido, o que faz estragar o mercado  e no final o nosso mercado em vez de acrescentar valor, apresenta-se somente como um grupo de chico-espertos a tentar manipular o próximo, o que não são tão poucos como pensamos. Eu passei por isso, manipulei e fui manipulado, e espero hoje em dia não seguir esse caminho nunca mais. Aprendi e por isso cresci.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

A minha retrospetiva de 2013

2013 foi sem dúvida um ano de crescimento. Mais de crescimento e de decisões do que outra coisa qualquer. Foi um ano em que fui testado, 100% testado mas que concluo que ainda tenho de aprender.

Tenho de aprender a resistir, tenho de aprender a lidar com a injustiça, tenho de aprender a lidar que não há culpa ou culpados e tenho sobretudo de aumentar o meu poder de "encaixe".

Foi sem dúvida um ano em que profissionalmente cresci 200%, e em que um dos meus mentores me desiludiu, mostrando uma face que de fato não estava à espera. Foi um ano em que interiormente penso que me tentaram manipular mas que eu consegui segurar (o que é bastante positivo para mim) e foi um ano em que sobretudo pus à prova os meus princípios de amizade e de amor. Se ainda há coisas que me aconteceram e eu não compreendo o porque de se ter agido assim (pois não há lógica), também não deixa de ser verdade que a capacidade de ser bem sucedido passa por sabermos seguir em frente e deixar o passado onde ele está. Não interessa o que de mal possamos ter feito ontem mas sim como vamos mudar hoje para que seja melhor amanhã.

Considero que tenha sido um vencedor, porque provei que apesar de todas as dificuldades eu consigo, apesar de todos os obstáculos colocados em frente, estes foram suplantados, apesar de todos os desejos do não amor, o meu amor ficou mostrado e sobretudo amado. Apesar de tudo mostrei a minha atitude e somente o fato de a tê-la fico agradecido. E quando o agradecimento é nobre e humilde, considero que tenha evoluído.

O ano de 2014 não vai ser fácil para mim. Vou enfrentar novos desafios e todos os pontos supracitados vão ser ao máximo testados, donde hoje começo pelo meu otimismo que a minha atitude será superior para passar todos os testes que os 10% do que me vai acontecer tenham a melhor resposta do 90% de que eu tenho poder em decidir e sobretudo agir!


Escolhi este dia para fechar o meu ano de 2013 não pelo simbolismo que apresenta mas porque coincidiu com o dia em que eu consegui enterrar os meus antigos fantasmas e seguir em frente. Foi o dia em que conclui que não tenho que estar triste, mas sim agradecido, pela experiência que tive no plano pessoal e profissional e esta é senão a hora de provar o que disse: que cresci. E isso não se mostra com palavras, mostra-se com atitude e ação! O ano  de 2014 será o meu ano de atitude e ação, o meu ano UAU! Afinal, a nossa vida é 10% do que nos acontece e 90% como nós próprios reagimos a isso. Um sensacional 2014 para todos vós cheio de atitude e ação.

domingo, 8 de julho de 2012

O que será ter fé? Será acreditar num Deus que não vemos independentemente dos dogmas que lhe regem? Será acreditar cegamente numa religião exortada por um grupo de pessoas que nos indicam o que é o bem do mal?

Eu não penso assim. Eu aprendi até muito recentemente que a fé é o principal químico da mente. Eu confesso que quando pensava em fé, pensava em religião e confesso que como quase toda a maioria de todos nós, quando meditava sobre a minha fé, falava para alguém que nunca vi, não conheço, mas sim...que acredito. Até para falar com o nosso Deus é claro, necessário ter fé.

Mas fé vi muito para além disso que acabei de escrever. Aprendi que a emoção da fé quando misturada com a do amor e do sexo são as mais poderosas dentro das principais emoções positivas.

A fé é um estado de espírito que pode ser induzido ou criado através da repetiçao de instruções para o nosso subconsciente através da auto-sugestão. Esta repetição de afirmação equivale a dar ordens ao nosso subconsciente de que conseguimos realmente realizar algo (crença infinita de que se consegue realizar algo).

E posso-vos dizer que é algo maravilho. Não basta dizer "eu tenho vontade de.." ou "eu quero que isto..." temos realmente de o sentir e movimentar toda a nossa acção para o que queremos, aliado claro está ao nosso estado de fé. Um homem movimentado pela fé é imparável, e embora actualmente ando um pouco mais cansado do que o normal, não deixo de ter fé naquilo que pretendo conseguir para mim.

Por isso, aconselho-vos a não desistir, até porque desistir é falhar e...olhem para trás, olhem para o que a humanidade construiu até hoje e digam-me o que faríamos se não tivéssemos fé...?


terça-feira, 13 de março de 2012

Ego: ter ou não ter...?eis a questão

Actualmente e de uma forma muito genérica, quando falamos em ego tendemos sempre a conotar como algo de negativo. Tentei pensar um pouco mais sobre este assunto.

De facto quando penso cada vez mais sobre este assunto, tenho pena de até agora, não ter sido um pouco mais egocêntrico. Por favor, não me interpretem mal, mas se pensarmos um pouco "ter o nosso ego" e acreditar nele, por vezes beneficia-nos e muito. Eu passei a não interpretar o ego como algo negativo, mas sim com uma ajuda para ter o meu auto-domínio. Um ego forte ajuda-nos a ter motivação a ambição e serve com certeza de armadura para não nos ressentirmos de rejeições ríspidas e contínuas. 

Tal ambição e motivação dão-nos total à vontade para a tomada de decisões e sobretudo eloquência e alavacagem para a acção. O pior que podemos ter ou ser é indecisos. A indecisão impede-nos de avançar, e pior, faz-nos ficar exactamente no mesmo lugar onde nos encontramos. Assim, uma coisa é certa: não evoluímos! Sinceramente e quando penso em rigor, o que nos leva exactamente a dizer que uma pessoa é egocentrista? Será que dizemos isso porque na realidade a pessoa é uma verdadeira gabarolas ou porque não paramos para pensar, analisar e perceber o que essa pessoa pretende transmitir com o seu "egocentrismo"? 

Fica mais fácil chamar egocêntrico ao vizinho do lado porque a sociedade assim o diz para a fazer. Não concordo. Obviamente que já me deparei com verdadeiros gabarolas, mas nesses casos parei para pensar e (menos mal) esta experiência de "gaborolice" em relação a certas pessoas repetiu-se ao longo do tempo, o que significa que se por um lado que esse egocentrismo se confirmou, mas por outro, que pelo menos essa pessoa tem um domínio implacável sobre si mesmo.

Contudo, penso que para o nosso ego, uma boa dose de humildade ajuda e muito a equilibrar as coisas. Claro que isto tudo, deverá sempre ter um background de auto - reflexão. Pensar e criticar a nossa postura, o nosso ego, é aconselhável, mas nunca colocando de parte aquilo que realmente acreditamos em nós.

Acredito e está provado que pessoas de sucesso têm um elevado domínio sobre si próprios, significando isso que têm um ego elevado, suficiente para lhes conduzir onde pretendem chegar: ao mais alto nível. Erros teremos sempre que passar por eles, mas o que nos distingue é a forma aprendemos com eles e seguimos em frente.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Recursos mentais

Todos os resultados que obtemos durante a nossa vida, depende directa e imediatamente da forma como utilizamos os nossos recursos mentais. Há cerca de dois anos para cá ando a tentar incansavelmente modificar a minha forma de pensar e naturalmente de actuar sobre tudo em que toco, desde relações humanas até ao simples trabalho em casa.

O que nós acabamos por fazer (sobretudo diariamente) é reflexo da imagem que projectamos de nós próprios para o mundo exterior. Por isso aprendi que se não nos sentimos bem com alguma coisa de nós próprios, temos que ser nós a mudá-la, decidir assumir o controlo sobre nós e aproximar(ou reprogramar) para a nossa idealização.

Aprendi contudo, que aquilo que faz a verdadeira diferença no nosso desempenho individual é a nossa atitude. Esta atitude resultará das nossas expectativas. Do que esperamos de nós próprios. As expectativas por sua vez resultado do que temos interiormente dado como verdadeiro, ou seja as nossas convicções.

Eu sou apologista convicto que quando não estamos satisfeitos com algum ponto integrante da nossa vida,  devemos ser de facto nós a mudar e não esperar que algo maravilhoso (tipo Euromilhões) nos aconteça, sentadinhos na nossa cadeira junto à lareira. Não estando satisfeitos com algo, temos que estar dispostos a pagar o respectivo preço de querer atingir algo melhor. Naturalmente temos que estar predispostos a pagar algum preço, pois nada nos é dado de graça. Esse preço, é pago em esforço, disciplina, compromisso e todas as coisas que nos façam tornar cada vez melhores. Se, pelo contrário o preço a pagar centra-se em terrenos como falta de integridade e não respeitar os nossos princípios e passar por cima dos outros, então não me parece uma boa opção. Até nisto temos a possibilidade de poder escolher....

Devemos então começar por reconhecer honestamente que temos à nossa disposição tudo o que é necessário para atingirmos aquilo a que nos propomos. Temos ainda que reconhecer e estar preparado para podermos interpretar os resultados que possam ser menos bons, não como um fracasso, mas como um feedback e tentar melhorar posteriormente a nossa abordagem ao assunto em questão.
Como diz Zig Ziglar: "O ontem acabou na noite passada e o que é importante não é onde se começa, mas onde se chega."

Como isto que vos partilho, aprendi directamente de Paulo de Vilhena, um dos meus principais mentores, gostaria de acabar com uma frase dele: "A única forma de falhar é desistindo!"


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os 5 passos para a autoconfiança

Tendo algum tempo para marcar pontos nas minhas leituras, gostava de poder partilhar um anexo que tive a oportunidade e o gosto de ler no livro de escrito por Napoleon Hill - Pense e fique (Think and Grow rich). Este anexo diz respeito aos cinco passos para a autoconfiança:

1 - Sei que tenho capacidades para atingir o Objectivo Principal da minha vida. Por isso, exijo de mim mesmo uma acção contínua e persistente para a sua realização e prometo, aqui e agora, cumpri-la.

2 - Sei que os meus pensamentos dominantes acabarão por ser reproduzidos na acção física exterior e que se transformarão gradualmente em realidade física. Por isso, concentrar-me-ei durante 30 minutos por dia na tarefa de pensar naquilo que quero ser, criando assim, uma nítida imagem mental desse meu "eu".

3 - Tenho consciência de que, através da auto-sugestão, qualquer desejo que guarde persistentemente na minha mente acabará por procurar exprimir-se através de meios concretos. Por isso, vou dedicar 10 minutos por dia, a exigir de mim mesmo o desenvolvimento da autoconfiança.

4 - Especifiquei por escrito o meu principal objectivo e não vou desistir até ter obtido a autoconfiança suficiente para o alcançar.

5 - Tenho plena consciência de que nenhuma fortuna ou posição pode durar muito tempo, se não me assentar nos princípios da verdade e da justiça. Por isso, não entrarei em qualquer negócio que não beneficie todas as partes envolvidas. Vou ter êxito, atraindo para mim as forças que desejo usar e a cooperação dos outros. Vou ter a ajuda dos outros, porque também lhes vou dar todo o meu apoio. Vou eliminar o ódio, a inveja, o ciúme, o egoísmo e o cinismo, desenvolvendo o amor por toda a humanidade, pois sei que as atitudes negativas em relação aos outros nunca me poderão trazer sucesso. Vou ganhar a confiança dos outros, porque vou acreditar neles e em mim mesmo. Vou assinar o meu nome nesta fórmula, memorizá-la e repeti-la em voz alta uma vez por dia, com uma fé tal que irá influenciar gradualmente os meus pensamentos e acções. E assim, tornar-me-ei uma pessoa autoconfiante e bem sucedida.

Emanuel Ribeiro